Essas coisas da vida, assim sem mais... Recordando, rabiscando pensamentos, divulgando uma coisa ou outra, uma notícia qualquer. Divagando as chatices necessárias, falando besteira, rasgando seda, afogando tristezas, abanando brasa e falando de coisas alheias. Nos dias de tédio, uma página em branco. Dias de páginas em branco nem sempre é tédio. E, qual é o remédio? Ser aleatório e maciço, pois de gente quadrada e oca o mundo já está farto.











sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mundo mágico (e suas aparições no meu viver)

Mundo mágico. E eu, sendo quem sou, vivo por aí!


Quero o simples e assim quero ser cada vez mais. Quero não precisar do escambo humano da matéria, da batalha diária da troca pela moeda. Quero uma flor imperial como musa inspiradora, pra pintar um quadro perfeito, ornar com alegria a vida do mundo inteiro. Quero estrelas no céu a me observarem, manter o convite aberto a sempre visitar-lhes. Quero limpar o meu corpo com água do mar, e em meus pés, quiçá, as conchas brotar. Quero mais do ar que do ouro, mais da flor que do louro, busco o verdadeiro tesouro, quero o amor vindouro. No céu gira, oh Sol! E girassóis no chão, quero paz em mim e em ti pelo coração
Amor por inteiro, do interior pro ulterior, de nós a dispor o que há de sermos, seja o que for. Só não me olhe por fora; mergulhe-me adentro e saiba bem mais do que trago em meu alento. Lembre-se que o que se vê com os olhos é o que na Terra ficará, mas o que se guarda no coração é o que na Eternidade viverá.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Da janela do meu quarto

Seja rosa, camélia, azaléia ou edeweiss, seja a que brota
no meu coração selvagem, contanto que seja flor,
seja ela qual for.


Hoje nasceu uma vida na minha janela, a mesma da qual, em sentinela, espreito estrelas e luar. Flor é o seu nome e carmim é o seu grito de sangue que perfuma o meu mundo onírico e me ensina a sonhar. És o símbolo do poder por ter em si as cores dos dias, pelo seu despetalar em sentidos, pela sua presença na primavera, no amor e também nas despedidas. Pela sua passagem em meus sonhos de menina, ora Mab, ora Morfeu, que sejas também símbolo do sonho que morreu para dar lugar à realidade. Se amanhece, eu me desperto, me enterceço pelo rastro de dia que surge pela fresta, pelo convite a defenestrar-me em suas gotas de orvalho.

Na  flor da idade com os sentidos à flor da pele.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Olhando para trás eu vejo que...

Para curar nossas mágoas não precisamos gerar tristezas em outrem, também não é preciso lamentar o passado já que o futuro nos é bem mais promissor. Seria cômico se não fosse trágico a ridicularidade dos corações partidos e seria chato se um dia a paixão não acabasse para dar espaço ao amor. Ficaria feliz se pudesse rever a todos que amo e se a saudade volta e meia não batesse na minha porta, mas triste mesmo seria viver só de “flores”, pois estas quando  murcham, fedem e ficam feias. Palavras podemos profanar, gestos podemos dissimular, sentimentos, querendo ou não, apenas sentimos. É vivendo que se aprende, é correndo atrás que se consegue e é amando que se conquista (sempre!). No coração levo as mais doces lembranças, na memória vão algumas decepções e saber lembrar sem demais queixas é o divino merecimento. Tenho meus defeitos talvez até mais numerosos que minhas virtudes, mas tenho também os meus encantos e estes resistem à meia noite. Possuo também meus demônios e liberto-os a cada tombo. E quanto às trapalhadas da vida? Ah, estas ficarão na memória dos muitos pois são poucos os que sabem de fato os fatos. Tudo que já me aconteceu até hoje foi indispensável para eu estar onde me encontro no agora, a soma das alegrias e tristezas é o resultado do instante presente e a multiplicação dos dias é o produto do que vivo. É inerente ao ser humano querer dividir os sonhos (comigo não seria diferente). E o que seriam dos sonhos do agora se todos os sonhos do ontem tivessem dado  certo? Olhando para trás eu vejo que Deus sabe muito bem o que faz!

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Recomeço, recomigo

Ontem eu decidi mudar o tempo, resolvi transformar as horas em centelhas deforça, fé e coragem. Acordei cedinho, levantei e vi o Sol às 6:00, sentei à mesa com as meninas da minha vida às 6:20 e meu amor saiu às 6:35 para o trabalho. Eu penso na vida e vejo felicidade nela, sinto o vento acariciar o meu rosto e me animo para o dia, mas também sinto que preciso produzir, engenhar, direcionar, dirigir, gerar algo, preciso "parir um filho" a cada instante. O movimento é importante, para a vida ter fluxo, fluidez. Tenho medo de ser igual a todo cidadão comum, com um modelo padrão de realidade e suas idéias formadas à frente de uma TV ou por trás de uma revista. EU preciso ir lá conferir, ver, sentir a vida, a natureza, preciso de uma explosão de magia, cor, sabor e melodia nos meus dias. 

"É a festa da vida em cores e intensidade dramática... Por aqui, vem chegando gente que transborda de si, que transborda o SI MESMO, um povo que vem mostrar ao mundo e a si mesmo o que é um EU que existe no mundo e se diferencia do coletivo, no sentido de ser e demonstrar a sua individualidade... Como dizia o leonino Carl Jung, um EU que se individualiza... O Homem que é o seu próprio Sol, homem e/ou mulher que se afirma no mundo, para testar o seu poder de intervenção e a sua força de irradiação do EU no mundo... Gente que vem para brilhar, e pelo brilho, re-conhecer quem É... Aqui o ser-humano É, e sendo quem é, e re-conhecendo que É, tem a consciência de SER, de ser único, diferenciado, criativo...  E de que isso nos torna a nós, seres humanos, os seres mais evoluídos e com a maior responsabilidade pelo nosso planeta..."

Não sei se é TPM, se é a lua ou a influência do Sol em leão, só sei que meu EU grita. Sou aquela que não quer chegar num tempo de ter que olhar para trás para poder lembrar o que é felicidade, de ter que viver de lembranças de um passado por não ter no presente um sentido e um bom sentimento. Eu sou aquela que vai de encontro ao destino, que abre o peito ao acaso e tateia o o caminho de pedras, separando uma por uma para não atrapalhar a minha passagem pela vida. Quero mudar o tempo não por ele estar ruim ou me trazendo infelicidade pois sou  feliz nesses meus dias, com minha filha, com meu companheiro, com minha família, amigos e sorrisos que os dias me trazem, abraços cativos que as horas me concedem nesse rumo que tenho tomado. Se quero mudar o tempo é porque ele precisa ser de fato mudado pelo sentido de renovação e recomeço, todos os dias. Agora eu vou alí, dar um beijo na testa de um anjo, enrolar uns docinhos, fazer alguns planos e começar uma nova história, porque "é preciso, mais que nunca, prosseguir".

Móbile de estrelas


Céu de Itabuna na noite do apagão (foto: Milena Palladino)


Retrato de uma noite perfeita: estava a olhar o céu, sentada na varanda com meu amor penteando meus cabelos. O céu resplandecia serenidade num sorriso singelo de Deus, com o silêncio quebrado apenas pelo som e sentido das poesias, pelo que restou da bateria do celular... Foi um instante de paz, amor e plenitude suspensos no ar, feito um móbile de estrelas!