Essas coisas da vida, assim sem mais... Recordando, rabiscando pensamentos, divulgando uma coisa ou outra, uma notícia qualquer. Divagando as chatices necessárias, falando besteira, rasgando seda, afogando tristezas, abanando brasa e falando de coisas alheias. Nos dias de tédio, uma página em branco. Dias de páginas em branco nem sempre é tédio. E, qual é o remédio? Ser aleatório e maciço, pois de gente quadrada e oca o mundo já está farto.











sexta-feira, 24 de setembro de 2010

IMPERDÍVEL: NASCER DO SOL!



Atenção meus irmão de casa, de rua, de vida, em fim, atenção todos vocês, seres humanos, viventes, pensantes, é hoje! Espetáculo imperdível, aberto a todas as classes, raças, idades e opções pessoais, um show de luz e cores, maestria divina, obra-prima que cura os nosso corações, tristeza, mal olhado, preguiça, desânimo,dor-de-cotovelo e anemia. Entrada gratuita, disponível em qualquer lugar do mundo. É o teatro da vida, palco dos destinos (e as cortinas não se fecham). Tem pra ti, tem pra mim, é nosso e nele cabe todo mundo. É hoje às 05h53 hs, tem amanhã e depois também (sempre terá). Vamos lá pessoal, quantas vezes vocês já assistiram? O espetáculo precisa de pessoas a contemplarem, aliás, as pessoas é que precisam contemplar mais isso... Eu estarei lá, espero por vocês (besta é quem não vai!). Bjos.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

“No compasso da Dança” (23/09)




O Núcleo da Dança apresenta o II Festival de Dança de Salão de Ilhéus, com apresentações de artistas profissionais, amadores e aprendizes dessa arte que encanta até os que não sabem dançar! Dia 23, 19:30 h, no Teatro Municipal de Ilhéus.

Galeria Hans Koella


Incremente a sua ida ao centro de Ilhéus: quando sair da fila do banco (realidade 1) ou da boutique favorita (realidade 2), visite a exposição de obras de arte do artista grapiúna Elton Jaeger, disponível na Galeria Hans Koella (Casa dos Artistas de Ilhéus). Um espetáculo de luz e cores, retratando o imaginário poético do artista.  De segunda à sábado, das 14 às 18 hs, até 30 de setembro.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

NESTE SÁBADO, "AS ÚLTIMAS HORAS DE UM PREFEITO".



É com grande alegria que o Teatro Popular de Ilhéus reapresenta o espetáculo TEODORICO MAJESATADE, uma grande lição sobre direitos, deveres e cidadania.  A irreverência é o ingrediente principal desta obra do artista ilheense Romualdo Lisboa e traz em seu elenco  Ely Izidro, Takaro Vítor, Tânia Barbosa, Elielton Cabeça e Aldenor Garcia. O Teatro Popular de Ilhéus iniciou sua trajetória em 1995, fundado pelo ator e diretor Équio Reis, que reuniu oito artistas em torno de uma idéia corajosa: fazer teatro independente no Sul da Bahia, buscando nos anseios das comunidades grapiúnas, sua inspiração principal. Atualmente, o espetáculo vem de uma temporada no Rio de janeiro, no Teatro de Arena da Caixa (patrocinado pela Caixa Econômica Federal). Apresentação única no dia 18/09 (sábado), às 20 hs.

          

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Minhas nóduas de cajú!


Eu preciso de um tempo, sentar e rever minha vida, selecionar as histórias que vou contar aos meus netos. Eles serão lindos, saudáveis e de bom espírito, terão de ouvir coisas interessantes. Precisam saber, por exemplo, que eu tive amigas, dessas que quase ninguém tem, da melhor qualidade, as melhores do mundo!
Amigas dos dias de Sol, de chuva e ventania, companheiras dos meus programas esquisitos, minhas manias de "chá das 5:45" e pique-nique com os mosquitos, as tardes literárias na finada Nobel, de misticismo à auto-ajuta (e todos os cheques sem fundo que fomos lá buscar de volta), os dias no meio do mato, no centro do nada, no coração da floresta, minhas músicas arcaicas, minhas idéias paleozóicas, toda a minha nostalgia, O preto e branco dos meus filmes favoritos, até isso elas aturaram. Aguentar os meus pitis? só elas e os meus florais diamantinos. Os meus piores defeitos e as minhas fraquezas, também aprenderam a amar. Quando o meu coração sangrou, a dor pungente do que quer que tenha sido ou quando o riso se fez maior que a Lua cheia, elas estiveram por lá, aqui e comigo. Meus planos impossíveis, com elas foram infalíveis. A dança solitária se tornou a minha ciranda favorita só por causa das mãos que tive para segurar. Eu direi, em fim, que tive muitos amores na vida desses assim, além da matéria, feito nódua de cajú em roupa branca: depois que se instala, nada apaga.

Meu coração de criança

Quero uma gaveta do tamanho do mundo;
Preciso guardar um coração que já não cabe no meu peito.


"Meu coração não se cansa
De ter esperança
De um dia ser tudo o que quer
Meu coração de criança
Não é só a lembrança
De um vulto feliz de mulher
Que passou por meus sonhos sem dizer adeus
Sem dizer adeus
E fez dos olhos meus
Um chorar mais sem fim
Meu coração vagabundo
Quer guardar o mundo
Em mim"



Meu amor é todo, não pedaços.
Meu espírito é feito de Céu.
Os meus laços, eternos.
Suave e profundo.
Infinito Ser.
Pleno,
Eu.



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

É HJ, E AMANHÃ TBM! - "PRATO FEITO DE SAMBA"

Um revival do samba de raiz invade a Rua Jorge Amado,  no centro de Ilhéus!
A cadência harmoniosa do samba é levada pela arte de Potira Castro, Fernando Falcão, Lucas Araújo e Pedro Gouvea. O repertório traz nomes como Chico Buarque, Dorival Caymmi,|Cartola, Roque Ferreira, entre outros.
Com apresentações nesta sexta e sábado (10 e 11 de setembro), às 20:00 hs na Casa dos Artistas.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

O Tempo, o querer e a tal da vontade



De onde vem o querer?

De onde sai aquilo que nos move, que nos impulsiona, que nos deixa de pé? Onde é que nasce o sentimento verdadeiro, o querer verdadeiro, a razão de uma vida? Será do coração, pai de todas as cores, todas as dores, todos os amores? Ou seria da cabeça, mãe da (in)certeza, da dureza, da frieza? A vontade, dá e passa. O querer, vem e fica. Mas, o que é o querer senão a soma de muitas vontades? Aquela vontade insistente, pertubadora, pernilongo no ouvido... Quando alguém não conquista algo, diz-se: "fulano ficou só na vontade", ô lástima; ficar na vontade é ruim demais! Vontade que não se torna em querer, é o muito "pensar" e o pouco "fazer", é quase conquistar, quase chorar, quase falar, quase ir embora, quase amar, quase, quase, quase... Assim fica chato, desgastado, monótono. O "quase" é um meio termo num mundo onde só existe SIM ou NÃO. Vontade é bom, mas, sem ação é só um QUASE! Falta é firmeza nas pessoas, seus pensamentos, suas atitudes, falta coragem, ação, espírito e sague nas veias. Sobram dúvidas, e com elas, suas dívidas. É de sobra também a preguiça de viver, o desentusiasmo, o marasmo... Maresia: nem a que vem do mar presta! Olha só como tudo corrói, destrói, enferruja. Coração enferrujado esfarela, dá nem pra catar os pedaços e colar, fica tudo pelo chão; é só o vento soprar e... tudo pelos ares! O tempo me disse [e diz a quem quiser ouvir] que onde ele mais se perde é justamente onde mais precisam dele. Aquele que perde o seu tempo, perde também o querer e até a tal da vontade. Vejo então que é do tempo que tudo surge, tudo vem e tudo parte. E, olha o tempo passando...

Manual de Amor ao Artista




"Para se amar um artista tem que saber ser livre.
Não falo do amor livre, aquele desvairado em que nada importa, em que corpos e bocas diversas fazem parte de tudo sem mesmo fazer parte de nada. Não é desse que falo. Absolutamente também não falo de amor livre desses que quase já não há amor. Aquele que as pessoas fingem se amar, fingem se importar mas na verdade não. Olham para o lado sempre a procura de algo melhor e sofrem por dentro por não saber o que procurar. Não é desse amor que falo.
Na verdade nem quero dizer nada sobre amor livre. Não é o amor que deve ser livre.
Nós temos que ser livres.
E ser livre não significa ser rebelde, adverso, descompromissado ou desinteressado. Ser livre não significa fazer o que acha que deveria para parecer independente. Ser livre não significa agir inconsequentemente sem se preocupar com o que o outro sente, com o que o outro pensa, com que o outro precisa. Ser livre não é estar ausente.
Aliás, acho que esse é um dos maiores desafios da liberdade: estar presente.
Porque pra você ser livre você tem que entender o mundo, a diversidade dos sentimentos, a diversidade de pessoas, a diversidade de idéias e opiniões. Você tem que fazer suas escolhas sem ferir as alheias, sem prender, sem forçar, sem dominar.
Ser livre não é estar no topo, é estar. Apenas.
E pra se amar de verdade um artista é preciso entender que nada é o que parece, que as coisas mudam e quem nem sempre dão certo. É preciso entender que sonhos podem virar realidade - nem que seja somente na ponta do lápis - mas que nem sempre esses sonhos são reais. Podem ser só sonhos do artista. É preciso entender que as horas passam, os dias passam, os anos passam e ele vai estar sempre lá, apaixonado pelo trabalho (que vai ser o único amante verdadeiro se sua vida).
Por esse motivo o artista ama seu trabalho: porque é livre.
Para se amar um artista é preciso olhar com atenção e se deixar ser olhado. É preciso estar só e deixar só - sem realmente estar em ambos os momentos. É preciso criar: rotinas dentro do caos, novas histórias dentro da história, motivos pra amar, espaços pra viver.
É estar lá e saber que o artista também vai estar. É sentir e saber que o artista também vai sentir. É amar e saber que o artista também vai amar. Sem necessariamente ele ter que provar isso a todo momento.
As provas de amor de um artista vêm através de sua arte. O quanto mais ele ama, mais ele se sente criador.
Não que o artista não crie também quando está triste ou desamado - mas aí é quando o amor próprio fala.
Ele às vezes vai parecer distante, às vezes vai parecer frio, às vezes vai parecer triste - e não vai ser por sua causa. O artista sofre, sozinho, de sua própria criação.
Ele às vezes vai parecer animado, às vezes vai parecer eufórico, às vezes vai parecer feliz. Aproveite sempre esses momentos com ele.
Mas não quero dizer com tudo isso que amar um artista é uma entrega solitária. Ele também vai te amar, e te agradar, e te respeitar: se você for livre.
Livre pra amar seu jeito desconexo. Livre pra entender suas ausências. Livre pra admirar suas criações. Livre pra controlar o ciúmes. Livre pra se ausentar sem jogos. Livre pra viver sem amarras. Livre pra amar sem medo. Livre sem medo de ser amado da forma que ele souber amar.
Para se amar um artista tem que se entender que o amor é livre, sem necessariamente ser o amor livre desvairado ou o amor livre desinteressado. O amor é livre pois é pessoal, individual e intransferível. É variável dentro de uma mesma forma e simples o suficiente para assustar.
Para se amar um artista tem que saber que não importa o que acontecer, se você for digno de receber amor - qualquer tipo de amor - ele será seu. Inevitávelmente.
Pode parecer complicado, muitas regras, muitos problemas... mas não, não é assim.
A grande questão que você precisa saber responder para saber se pode ou não amar um artista é: Você sabe ser livre?
Se a resposta for não, eu sinto muito.
Se a resposta for sim, então apenas te informo que, se você for realmente livre, o artista te amará antes que você o ame - e não há como não amar um artista apaixonado."

sábado, 4 de setembro de 2010

Saudades de um passarinho

Quando uma coisa é parte da gente, às vezes nem sente que ali está. É como o farol no alto do monte: o navio só bate se ele apagar. Quando a rotina já é de anos, caem-se os panos sem ninguém a aplaudir, mas quando tu vai ali na esquina, o amor me lembra: como te quero aqui!


Irmãozinho sempre a viajar, nas suas andanças pela vida. E eu aqui, a passar pano molhado na casa. Dia desses, pego minhas malas e saio por aí...

"Itabuna Verde e Flor"


   O evento é uma iniciativa do centro Espírita Beneficente União do Vegetal, e vem trazendo um clima de "eterna primavera" aos que visitam o local. As flores são trazidas da cidade de Holambra (interior de São Paulo), lugar de tradição no cultivo de flores, sendo considerado o maior centro de produção de flores e plantas ornamentais da América Latina. Vale a pena conferir! Mesmo estando de bolsos vazios (como é o meu caso!), o simples contato com as flores fortalece a essência divina que há dentro de nós; ver a beleza e sentir o perfume de uma flor é um remédio pro espírito!  ONDE? estacionamento do Jequitibá Plaza Shopping / Itabuna . QUANDO? entre os dias 2 e 12 de setembro, das 10 às 22 hs.

Viajens e diamantes


Eu moraria aqui! Numa casa de pedra, com fogão a lenha, cadeiras na calçada ao final da terde. À espera e uma carta (sem sinal do telefone móvel), aguardando visitas da cidade. Contando causos de lobisomem, rindo das fofoquinhas locais, dormindo cedo, tomando banho frio e vendo o sol nascer de cima de um monte. Sentindo preguiça de agitação, ojeriza do velho trânsito e nem saudade dos sons de carro. É a vida que quero ter, ver minha filha brincando descalço, ruas de paralelo, ter cuidado com os buracos e também com os precipícios! Sem falar nas caminhadas  (finalmente vou enrijecer as pernas!). É, acho que vou morar na Chapada...

É HJ! - "UM ATOR EM BUSCA DE UM TEXTO"


A Casa dos Artistas traz na sua programação de setembro o espetáculo UM ATOR EM BUSCA DE UM TEXTO, com o ator regional José Adelmo. O enredo retrata os conflitos da relação entre um ator e seu direitor imaginário; a cena se passa em ambiente familiar, onde resurgem diversos personagens da literatura grapiúna. O espetáculo será exibido hoje e também nos dias 24 e 25, sempre às 20 hs.

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

CINE CLUBE ÉQUIO REIS

          
 A Amostra Nacional de produção Audiovisual Independente, juntamente com o Núcleo de Produção Audiovisual da casa dos Artistas, apresenta o projeto CIRCUITO TELA VERDE, onde serão exibidos  curtas com o intuito de promover a Educação Ambiental. Todas as quintas-feiras do mês de setembro, às 19hs, no Cine Clube Équio Reis / Casa dos Artistas (entrada franca). Maiores informações http://casadosartistasilheus.blogspot.com/

Voa, liberdade



Voa longe aquilo que damos liberdade, tal qual pássaro que foge do recinto, e como por encanto das conjunturas da vida, o que há de verdadeiro permanece à postos. Não são nossas as coisas que, por precaução, constantemente precisamos verificar se estão ou não do nosso lado.

Noticiário Particular

Ontem eu tive um sonho que de sono nada teve. Parecia uma velha gazeta, seus informes e notícias. Pois sim! Tinha ele vida própria, tinha em si o termômetro do tempo. Era dia amanhecendo com sabor de relembrança, com suas esquinas longas e avenidas de horas, ovento tecia com lã o manto da vida. Tinha riso de criança, céu de cor laranja, banda musical. Tinha sabor de erva-cidreira, casca de velha goiabeira e cor de pitanga, como era bom o terreno do meu quintal! Tinha cheiro de livro velho, de poeira, quinquilharias, cheirava também a saudade, saudade e mais saudade... Foram os dias de meninice, brincadeiras, calos, quedas, rezas, febres, calundús [e a infância que insiste em mim]. Teve coisas do presente: rosa que tem espinho, cardo que traz perfume, batuque acelerado, coração descompassado, mil anos em um segundo. Tristezinhas passageiras, corriqueiras, comuns, deletérias, [já passou]. São alegrias que florescem, rabotam, salteiam-me e frio na barriga. Milagres, assombros, pedra, pau, começo de caminho e tronco inteiro. É vida que depende de mim, sou eu dependente da vida, é bela videira e suas uvas frescas, frescor de manhã serena. Amores, amigos, avisos, estrada, volta pra casa e despedidas. É sentir frio no verão, calor no inverno, amor eterno e “ficar de bem”. Era ali o futuro, o tempo a pairar no ar, a sustentar os meus passos típicos de quem andou a bordejar [e agora está de pé]. Em cada pegada caiu uma semente de memória, foi brotando então o meu caminho, história da minha vida. Tinha tudo do passado: risos, lágrimas, sentimentos. Faz-se aqui o presente: luta, planos, surpresas do destino. Adiante, o futuro: fé, esperança, conquistas. E então eu vi que não era sonho, estava de olhos abertos a ver passar o meu mundaréu, a minha canção de viver. São as minhas 28 voltas, meus riscos de compasso, girando, vivendo, deixando o meu rastro pelo mundo.


O meu dia é também de quem quer que queira, e que seja um dia bom.
Marca o meu início, no agora, no instante da eternidade em que me encontro.