Essas coisas da vida, assim sem mais... Recordando, rabiscando pensamentos, divulgando uma coisa ou outra, uma notícia qualquer. Divagando as chatices necessárias, falando besteira, rasgando seda, afogando tristezas, abanando brasa e falando de coisas alheias. Nos dias de tédio, uma página em branco. Dias de páginas em branco nem sempre é tédio. E, qual é o remédio? Ser aleatório e maciço, pois de gente quadrada e oca o mundo já está farto.











terça-feira, 30 de agosto de 2011

Há gosto em minha vida

Há tempos que gosto de olhar pelas janelas de mim,
paisagens distantes em cores tratadas pelo tempo.
Daquelas aquarelas de tardes tranquilas, arco-íris e montanhas de memória 
sob a árvore de flores passageiras.
Guardo feliz na lembrança, em doçura e sonhos pueris,
em certezas e amanhã de planos, desses que um dia darão certo.
Foi quando a venda noturna se esvaiu dos meus olhos e 
me trouxe à vida no clarão dos dias de agosto.
Cabem ventos de inverno, dança das folhas ao chão e 
as margens do Cachoeira, coloridas como prévia primavera.
É quando o sopro das velas que compõem o bolo de surpresas
traz consigo boas notícias, novas esperanças e esperas.
Felicidade de menina que floreia seus contos,
amor de menino que me carrega, menininha e estrela, no peito.
É muito maior que qualquer adversidade ou acaso de não ser
porque sempre foi o que se é, e sempre será amor em mim.
Da herança leonina deixada por minha mãe, gosto de ser dona da minha história, deixar em cada cantinho vestígios meus.
Ventura de sentir um gostinho especial de vida e flor onde muitos só sentem dissabor,
só porque é Agosto...