Essas coisas da vida, assim sem mais... Recordando, rabiscando pensamentos, divulgando uma coisa ou outra, uma notícia qualquer. Divagando as chatices necessárias, falando besteira, rasgando seda, afogando tristezas, abanando brasa e falando de coisas alheias. Nos dias de tédio, uma página em branco. Dias de páginas em branco nem sempre é tédio. E, qual é o remédio? Ser aleatório e maciço, pois de gente quadrada e oca o mundo já está farto.











terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Da janela do meu quarto

Seja rosa, camélia, azaléia ou edeweiss, seja a que brota
no meu coração selvagem, contanto que seja flor,
seja ela qual for.


Hoje nasceu uma vida na minha janela, a mesma da qual, em sentinela, espreito estrelas e luar. Flor é o seu nome e carmim é o seu grito de sangue que perfuma o meu mundo onírico e me ensina a sonhar. És o símbolo do poder por ter em si as cores dos dias, pelo seu despetalar em sentidos, pela sua presença na primavera, no amor e também nas despedidas. Pela sua passagem em meus sonhos de menina, ora Mab, ora Morfeu, que sejas também símbolo do sonho que morreu para dar lugar à realidade. Se amanhece, eu me desperto, me enterceço pelo rastro de dia que surge pela fresta, pelo convite a defenestrar-me em suas gotas de orvalho.

Na  flor da idade com os sentidos à flor da pele.

2 comentários:

  1. ow zorra!
    Isso foi a coisa mais linda que vi nos últimos tempos.

    Deus!,isso sim é poesia meu bem. É vivo como sangue.

    Muito lindo! beijo grande

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  2. Muito grata "Gu", lindo é você!
    Que bom que gostou, você também faz parte dessa primavera que habita a minha janela.

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