Essas coisas da vida, assim sem mais... Recordando, rabiscando pensamentos, divulgando uma coisa ou outra, uma notícia qualquer. Divagando as chatices necessárias, falando besteira, rasgando seda, afogando tristezas, abanando brasa e falando de coisas alheias. Nos dias de tédio, uma página em branco. Dias de páginas em branco nem sempre é tédio. E, qual é o remédio? Ser aleatório e maciço, pois de gente quadrada e oca o mundo já está farto.











quinta-feira, 9 de junho de 2011

Corridinho

 
O amor quer abraçar e não pode.
A multidão em volta,
com seus olhos cediços,
põe caco de vidro no muro
para o amor desistir.
O amor usa o correio,
o correio trapaceia,
a carta não chega,
o amor fica sem saber se é ou não é.
O amor pega o cavalo,
desembarca do trem,
chega na porta cansado
de tanto caminhar a pé.
Fala a palavra açucena,
pede água, bebe café,
dorme na sua presença,
chupa bala de hortelã.
Tudo manha, truque, engenho:
é descuidar, o amor te pega,
te come, te molha todo.
Mas água o amor não é.





Adélia Prado


 

Em homenagem ao mês em que me descuidei.
O amor me pegou,
me comeu,
me molhou toda.
Mas me mostrou que água ele não é!

2 comentários:

  1. Meu amor,

    adoro esse poeminha.
    adoro nossa hitorinha.

    beijocas

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  2. Meu florzinho,

    em resposta lhedigo que
    também adoro esse poeminha.
    seria ele a nossa própria historinha?
    hihhihihi
    Nesse mês de junho venho a recordar partes de nós ao longo do nosso tempo.
    É o nosso mês, meu amor!

    Bjoss

    Taci

    Obs: mas que diachos que não consigo postar comentário com meu perfil? já me reclamaram isso, agora to vendo como está...

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