Quando Ismália enlouqueceu,
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
Pôs-se na torre a sonhar…
Viu uma lua no céu,
Viu outra lua no mar.
No sonho em que se perdeu,
Banhou-se toda em luar…
Queria subir ao céu,
Queria descer ao mar…
E, no desvario seu,
Na torre pôs-se a cantar…
Estava perto do céu,
Estava longe do mar…
E como um anjo pendeu
As asas para voar…
Queria a lua do céu,
Queria a lua do mar…
As asas que Deus lhe deu
Ruflaram de par em par…
Sua alma subiu ao céu,
Seu corpo desceu ao mar…
Alphonsus de Guimaraens
Não sou Ismália mas confesso que a lua de hoje me fez lembrar das escadas que me levam à minha torre.
São as mesmas que, quando acompanhada, já puderam também me levar ao céu.
Reflexos atiçam ao mergulho e vem ter comigo, mais uma vez, a recordação:
Da janela vê-se a lua, do colchão ouve-se o mar, e eis um par de almas que se habitam no instante.
Do resplandecer da lua ao canto do mar, somos cúmplices do acontecido.
O céu estava enluarado, o mar jogava agitado,
e então, fez-se o nosso amor.
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